domingo, 12 de outubro de 2008

A LUTA PELA ESPERANÇA

Enquanto o mundo atravessa a pior crise financeira dos últimos tempos, passa pela minha memória um filme que se passa na época da Grande Depressão de 1929, chamado “A Luta pela Esperança”.
O filme é inspirado na vida do lendário Jim Braddock, antigo prodígio do boxe obrigado a se aposentar prematuramente depois de uma série de derrotas no ringue, quem o interpreta com grande maestria é Russell Crowe.
Quando os EUA entram nos anos negros da Grande Depressão, Braddock se vê obrigado a fazer bicos para sobreviver, mas sem jamais perder a esperança de voltar aos ringues. Um dia ele tem a oportunidade que esperava. Retorna aos ringues. E mais do que um pugilista se torna um símbolo para aqueles que lutam pela sobrevivência em meio ao caos econômico e social que se alastrava.
Braddock consegue o cinturão mundial, mas o que o movia naquela luta , não era ganhar o cinturão e sim poder manter a sua família em momento tão conturbado da história.
Hoje, fico pensando em quantos Braddocks devem existir no mundo, em meio a atual crise econômica, mas que ainda não foram revelados: só o tempo será capaz de trazer ao nosso conhecimento, o nome daqueles que hoje, “lutam pela esperança” de conseguir levar para casa o pão-nosso de cada dia, não tendo como fim o “cinturão da vitória”, mas sim que o caminho que os levam ao cinturão, consiga trazer luz e esperança para sua família e tantos outros, que tanto carecem de uma luz no final do túnel.

Um comentário:

miacsever disse...

é verdade, a vida é um eterno ringue, mas não podemos nos deixar nocautear, e a luta é apenas simbólica, porque viver, para falar a verdade, é prazeroso, e nada fácil tem graça.perceba, ha história, o olhar de tédio dos poderosos, dos chamados "bem-nascidos", dos herdeiros de grandes fortunas: drogados, cleptomaníacos, bad-boys e bad-girls (Paris Hilton é um exemplo). O bom é ser normal, tomar café de manhã lendo o jornal, participar do que acontece no mundo sem esquecer que, para nós, o mundo se resume no nosso eu interior. Beijos.