terça-feira, 31 de março de 2009

HOJE É DIA DE CIRCO: 1 MILHÃO DE CASAS E NÃO COBREM A ENTREGA VIU?

Dia 27 de março foi o Dia Nacional do Circo, isso me fez viajar até a Roma Antiga e pensar como o Brasil e a terra dos Césares tem em comum: lá, como aqui, era normal servir o povo de pão e de circo para que eles esquecessem as mazelas do poder e não se colocassem contra ou à favor a absolutamente nada.
No Brasil, não temos o Coliseu, mas temos o Pacaembú e o Maracanã, por exemplo, onde o povo se diverte enquanto 22 homens correm atrás de uma bola: se for uma competição do porte da Copa do Mundo, o Brasil pára para assistir aos jogos e se esquece que lá onde o circo parece ser diário, na capital do Brasil, rolam maracutais de deixar de cabelo em pé, mesmo quem já não duvida de mais nada nessa vida!
Ontem mesmo o nosso César, ops, digo, Presidente, nos brindou com um pacote habitacional inacreditável: vai construir um milhão de casas para as pessoas carentes! Só tem um detalhe: não cobrem dele prazo para entregar todas as moradias.
Eu acho que o Lula se esquece que em breve, talvez não seja mais presidente e que deveria ao menos dar um prazo condizente com seu reinado, digo, governo.
Aliás, com todo respeito que tenho ao nosso Presidente, de obras megalomaníacas já basta Brasília, aquele panteão nos deixado pelo saudoso JK, e que ao que tudo indica, serve mais para deixar o povo longe do local do poder e impedido de fazer manifestações contra as maracutaias que sejam significativas, do que qualquer outra coisa.
Brasília, tirante sua beleza arquitetônica, mérito dos ilustres Niemayer e Lúcio Costa, é um lugar quente, sem esquinas e o mais importante, longe demais para o povo conseguir chegar às portas do poder ao primeiro sinal de indignação!
Por isso, sou a favor da volta da capital para o Rio de Janeiro, que deveria voltar a ser dividido entre Estado da Guanabara e Rio de Janeiro, já que sua unificação jamais passou pelos trâmites legais necessários para acontecer! A verdade é que se unificaram os dois Estado à mano militare, e ficou por isso mesmo!
E os que saíram perdendo, foram os moradores do antigo Estado da Guanabara, hoje, o município do Rio de Janeiro e com a transferência da capital do Brasil, saiu perdendo o povo.
Afinal, como juntar um milhão de Pessoas para gritar palavras de ordem em frente à um Congresso Nacional que fica tão longe, mas tão longe, que a última manifestação que me recordo parecia mais uma passeata de estudantes solitários espalhados na grama dos Poderes de Brasília?!
E o problema é que de lá, daquele lugar onde todo Poder emana, continuam agindo com o povo como os Césares Romanos: servindo-o de pão e circo!
Aliás, quem assiste as propagandas eleitorais diárias ultimamente, pode assistir o circo de graça todos os dias e dar boas gargalhadas com nossos políticos, cada vez mais criativos em seus discursos! Na última eleição me lembro de um, não me recordo de qual Estado, que disse que gostaria muito que “você sonhasse comigo todas as noites!”. Sonho? Ou pesadelo?
Em relação ao pão, basta ver os inúmeros programas sociais do governo, como o “Bolsa - Família” e o “Pró-Uni” que seriam totalmente desnecessários se o povo recebesse um salário digno e que não necessitasse da caridade de ninguém! Muito menos de um governo! Afinal, lamentavelmente, esse tipo de “esmola” é utilizado como instrumento de campanha e o que mais dói, é que os menos esclarecidos, compram isso. Votam pensando que isso é uma benção quando na verdade é uma maldição!
Pois enquanto o povo ficar satisfeito com isso, jamais receberá condignamente e continuará em seu ciclo de miséria e fome. E o pão e circo permanecerão nestas terras descobertas por Cabral em 1500.
Essa história pode ser mudada: o voto consciente pode ser uma arma contra isso tudo e demonstrar indignação também. A minha eu estou mostrando e o que falta a você para demonstrar a sua?
Shirlei Amaro Avena Weisz é advogada e professora universitária

domingo, 29 de março de 2009

Dá-me senhor senso de realidade

Dá-me Senhor um senso de realidade onde meus olhos só vejam o bem, mesmo quando todas as informações que inundam meu dia digam o contrário.
Deixe-me brincar o jogo do contente, mas sem perder o senso de que limonadas também podem ser azedas e que às vezes o gosto amargo da dor é necessário para um renascimento.
Faça-me compreender o "oculto do oculto do aparente" que tanto fala o rabino Bonder em um de seus livros e conseguir enxergar além das nuvens de fumaça, a luz branca do Eterno por detrás até dos meus percalços, tentando redirecionar meus passos para o bem,quando estou indo por uma trilha que Ele sabe em sua (infinita e Santa Sabedoria) que poderá me trazer dissabores bem maiores do que esse que sinto para mudar de caminho.
Tira de mim a arrogância capaz de cegar-me. A vaidade capaz de fazer-me tropeçar no meu orgulho. E me transforma em alguém melhor a cada dia.
Que o ontem vivido seja reconstituído em um hoje mais profícuo e em um amanhã auspicioso e bom.
Que meus medos internos sejam derrotados pelo meu bom senso em saber ponderar aquilo que é real do que é irreal, e entender que nesse mundo onde tudo é maya(ilusão), os medos são como tentáculos a tentar nos impedir de seguir rumo a um alvorecer de luzes, paz, amor e prosperidade.
Ensina-me a Triunfar sobre a derrota, mas sem o orgulho que possa me impedir de entender que tanto o triunfo como a derrota são eternos impostores, e que às vezes, ao triunfar, posso ter levado às lágrimnas muitos que para que eu vencesse tiveram que sentir o sabor amargo da perda.
Lembre-me todos os dias que sou um ser espiritual tendo uma esperiência física e que para que ela chegue ao êxito esperado, tenho que me esforçar em equilibrar o yin e o yang em mim existentes, lutando contra o César que em mim se encontra e procurando trazer à tona o Ungido que em mim se oculta.
Que o Senhor, Deus dos Exércitos e de Todas as Criaturas, esteja atado à mim, ainda quando eu lute contra essa atadura, desviando-me de Suas veredas. De forma que eu seja incapaz de não sentir culpa pelos meus maus atos e orgulho pelos bons atos que faço, pois só sou porque Tu És. Se Tu não existisses, eu nada seria além de um monte de ossos, sem valor e sem paz.
Shirlei Amaro Avena Weisz, é advogada, professora universitária e escritora.

sábado, 28 de março de 2009

Nem óleo de peroba melhora a cara dos políticos brasileiros23/03 às 16h28 Artigo da leitora Shirlei Amaro Avena Weisz

Esta manhã, ao começar a ler os jornais, me lembrei do saudoso Raul Seixas cantando: "Ôoo seu moço / Do disco voador / Me leve com você / Aonde você for (...)". Tudo porque as notícias que chegam não são das melhores: criança de um ano torturada, aquecimento global a todo vapor, a marolinha que virou tsunami, sem contar o número de diretores do Senado! Valha-me Deus, até diretor de garagem tem!

Olha, ver Sarney, Collor e companhia de volta ao poder dá uma sensação de impotência. Uma vontade de tomar vergonha na cara e fugir nem que seja para o inferno (se é que o inferno não é aqui!).

Ver a população massacrada do Norte aclamando Sarney por ter levado luz até onde já deveria haver luz desde que ele foi presidente, me deu um embrulho no estômago, uma vontade de que os ETs invadissem a Terra - se é que eles existem - e, como na música do Raul, me levassem embora antes que eu morresse tostada ou afogada pelo aquecimento global. Antes de ver as Ilhas Maldivas afundarem. Antes de ter que assistir, quem sabe, ao Collor ser eleito presidente de novo. Afinal, depois que ele foi um fenômeno de votação para senador, por que não esperar seu retorno ao cargo máximo do país?!

O Brasil me assusta. A cara-de-pau dos nossos políticos, nem cheia de óleo de peroba, dá mais para engolir. O pior é que o povo brasileiro parece o mesmo povo dos tempos do coronelismo, capaz ainda de vender o voto por qualquer tijolo! E nós, um pouco mais esclarecidos que o "povão" (será que somos mesmo?), somos obrigados a assistir de camarote às maracutaias do poder. Ver o Congresso Nacional pagar horas extras para quem não trabalhou e engolir em seco.

A verdade é que tanto engolir sapo, daqui pouco, vou estar coaxando. E, o pior, vou continuar com essa minha sensação de impotência e indignação. Afinal de contas, meu voto não é um revólver para ser usado contra mim, em um assalto à minha dignidade.

Quando o governo tem diretor até para garagem e incorpora aos salários deles - mesmo sem serem mais diretores - o benefício que recebiam, é o meu, o nosso rico dinheirinho que paga! Isso é um assalto à minha, à sua, à nossa dignidade!

Quando o Congresso paga horas extras para quem não trabalhou, você sente o quê? "Nossa, que bom! Eles pagaram horas extras!" ou "Caramba, isso é o cúmulo!"

Sabem de uma coisa? Desde que eu era pequena, aliás, desde que meu avô era pequeno, se ouvia que o Brasil era o país do futuro. Se o futuro que teremos será reflexo deste presente que temos, meus amigos, prefiro rezar para um ET me abduzir e me levar para outro lugar, porque ninguém merece isso aqui!

Santa Catarina: o choro pelo meu povo

Nasci em Blumenau, Santa Catarina, e atualmente vivo no Rio de Janeiro. Por isso, quando acompanho pela TV o sofrimento do povo catarinense, choro e não me envergonho de dizer que tenho chorado desde que esse pesadelo começou.

Às chuvas que arrasaram o Vale do Itajaí e cidade nos seus arredores não destruiu apenas casas: destruiu famílias, lembranças e sonhos. Hoje, existem cerca de 99 mortos e 14 pessoas desaparecidas na região, segundo dados oficiais. Os sobreviventes lutam para se manter de pé frente a uma tragédia de proporções, que eu, em 33 anos quase completos de vida, jamais vi.

Emociona-me ver a solidariedade de todos os cantos desse Brasil, onde anônimos enviam alimentos, água, colchões... Enfim, tudo o que podem para quem só restou a vida.

Não existem palavras para descrever o que sinto toda vez que vejo o meu povo de Santa Catarina chorando pela tela da TV. Não existem palavras que descrevam a indignação pelas chuvas terem varrido tudo, de repente, pois eu não consigo entender o porquê de não ter havido algum tipo de prevenção em relação aos temporais que chegam com o verão. Será que se tivesse havido um trabalho preventivo das autoridades, a tragédia teria tomado tais proporções?

Agora, já não é mais hora de encontrarmos essa resposta, mas sim é a hora de mostrarmos que "somos brasileiros e não desistimos nunca" e que a nossa maior qualidade é a SOLIDARIEDADE.

Ao povo de Blumenau, terra onde nasci e de toda Santa Catarina, gostaria de lembrar a história de quando os primeiros imigrantes chegaram àquela região e ergueram uma terra que sempre encheu de orgulho o Brasil: uma terra linda, próspera e organizada. Saibam que esse espírito pioneiro está enraizado no nosso povo, somos como bambu: "envergamos, mas não quebramos". Se ainda resta vida, ainda há esperança de reconstruir tudo de novo e de novamente ser um exemplo para o Brasil, como sempre fomos.

Que Deus dê forças àqueles que perderam entes amados, para que possam prosseguir na vida, fazendo do exemplo dos que foram uma alavanca para trazer luz e amor para o mundo, que anda tão carente disso tudo. E a todo Brasil solidário, gostaria de pedir a Deus que abençoe a todos e retribua esse gesto de amor em dobro.


Shirlei Amaro Avena Weisz é advogada e professora universitária - Estes Artigo foi Publicado no O Globo Online e no Jornail do MT, além de vários Blogs pelo país desde 28/11/2008

domingo, 1 de março de 2009

Meu artigo sobre os disparates da Política Internacional Brasileira

Prezados leitores, recebi essa semana, com espanto, o Blog de uma futura operadora de direito, comentando meu artigo do O Globo Online. Seus comentários, repletos de inverdades sobre minha pessoa, deve ser de imediato corrigido. Em primeiro lugar não sou "futura operadora de Direito", sou advogada, Professora Universitária, pós- graduada em Direito Internacional Econômico. E o artigo escrito no O Globo OnLine, foi prontamente republicado no Sitio Oficial do Conselho Nacional de Assistentes de Chancelaria no Brasil. Acredito que o conteúdo do artigo, longe de "atropelar" investigações sobre a sdvogada Paula Oliveira e bem longe de dizer qual é a verdade, trata única e exclusivamente, dos disparates na nossa Política Internacional atual. Sou solidária a família de Paula, independente dos resultados das investigações, afinal, caso não seja verdade suas declarações à polícia Suíça, ainda assim, acredito que ela como qualquer brasileiro, mereça receber o apoio do nosso governo lá fora. Ainda mais se a tese de desequilíbrio psicológico da moça, ficar comprovada. Existe uma família inteira sofrendo e essa família merece apoio. Assim, como muitos brasileiros que estão sofrendo "maus-tratos" ao tentar desembarcar em alguns países da Europa.
Para quem tem interesse em ler o artigo publicado no O Globo Online e agora republicado no Conselho Nacional de assistentes de Chancelaria, segue o endereço da página do Conselho:http://www.oconac.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=3647&Itemid=112 Para àqueles que gostariam de ter acesso ao que a aluna da UNIGRANRIO escreveu à respeito do artigo e sobre mim, sem qualquer conhecimento sobre quem sou, o que para tanto bastaria uma pesquisa mais acurada dos meus textos Publicados em diversos Peíódicos no Brasil e no exterior, além de entrevistas concedidas à TV no Brasil, basta acessar: http://glaucianecarvalho.blogspot.com/
Um Abraço à todos,
Shirlei Weisz