segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Para todos meus amigos virtuais ou físicos

Todos os dias somos bombardeados por notícias capazes que nos fazerem "tremer nas bases": às vezes somos deparados com a realidade de nossa limitação como seres humanos ou pela falência de nossa sociedade em ensinar aos nossos jovens o sentido de ser "gente". Carteiras queimadas em salas de aula sendo classificadas como "brincadeira de mau gosto" ou a morte de pessoas jovens por doenças degenerativas ou outras enfermidades crônicas em pleno século XXI, tendo consciência de que a ciência engatinha em buscar a cura, não por falta de conhecimento, mas por pressão dos grandes laboratórios que enriquecem à custa da dor alheia, são capazes de tirar o sono de pessoas, que como eu, acreditam que somos objetos de transformação e que devemos colocar todos os nossos esforços para trazer para o mundo luz suficiente para iluminar as trevas da ignorância e do medo que nos cercam.
Não somos mortais: afinal, se assim formos, para onde vão o brilho de nossos olhos e a alegria de nossos corações, quando eles já não funcionam em razão de nosso "passamento"? Quero acreditar na nossa capacidade de ultrapassar os desafios que a vida nos impõe... Desafios como o de transformar a nossa sociedade em um lugar mais justo. Em influenciar a juventude com nossos bons atos, de forma que nossos jovens jamais pensem que uma carteira de aula queimada não passa de uma "brincadeira de mau gosto".
Atos de vandalismo são atos de vandalismo, e como tais devem ser reprimidos e não serem justificados de forma a minimizar suas consequências.
Devemos ter em mente, como disse Buda, que somos seres espirituais tendo uma esperiência física e que por tanto, devemos buscar sempre o melhor, para que no dia em que deixarmos "as vestes que nos prendem a esse mundo", levemos conosco a certeza de que trabalhamos por um mundo mais justo. Além disso, penso que devemos buscar sempre o melhor da vida e sermos sempre otimistas....Quando morrer, quero que em meu epitáfio esteja escrito: "Ei!!! Eu acho que está se mexendo!!!rs, e não palavras bonitas que sempre aparecem no momento da perda.
Nossas obras só vivem eternamente se acreditarmos na imortalidade de nossas idéias e nos recusarmos a morrer. A morte não existe. Como disse o grande escritor José de Saramago: " morrer é uma questão apenas de "não estar aqui".
A verdade é tão gritante em relação a essa frase que o próprio José de Saramago, em que pese as evidências físicas, não está morto. Ele está vivo através de suas idéias e palavras, de tal forma que agora, eu pude mencioná-lo e assim, provar que somos eternos se nossas obras sobrevivem aos esforços de nossas mãos.
Boa semana a todos!!!Que Deus abençoe o coração de todos vocês.

Shirlei Amaro Avena weisz

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

No Jardim das Borboletas



Existe um “anjo” na minha vida que hoje me falou sobre Mario Quintana e o seu “jardim das borboletas”. Comecei a refletir sobre o que esse “anjo” falou e percebi por um instante meu “casulo”.
Pensei em Deus e tudo que me veio foram as palavras que abaixo escrevi.... Espero ter entendido o que “o anjo” quis dizer...obrigada amigo Cal. Que Deus te abençoe e que os jardins que cultivarmos em nossas vidas sejam um chamariz de “borboletas” a iluminar o horizonte dos nossos olhos.
Bem, a minha reflexão foi mais ou menos assim:
Deus... Eu sequer sei Seu nome. Sequer entendo Sua natureza. Tampouco sei se a Sua existência é real...aliás, eu nem sei se “eu” sou real: diante das novas descobertas da ciência a probabilidade de existência humana é tão remota, que chego em alguns momentos, a acreditar que estou presa em uma Matrix.
Hoje, mais um dia se passou e eu deixei minha alma falar mais alto, tentando compor o dia com uma atmosfera de amor. Mas teve uma hora que eu senti ódio, culpa...medo, desespero e, todas essas coisas que me fazem ser um ser humano...então eu percebi o quanto a minha humanidade me machuca.
Na verdade a dor de estar presente dentro de um “casulo” que muitos entendem ser a única coisa que existe, é tão insuportável tem horas, que paro. Olho ao redor. Passo a mão pelos cabelos, tentando buscar em alguma parte, presa, cá dentro, uma razão para estar aqui.
Lembro da oração de São Francisco e tudo que me vem a mente é que talvez São Francisco não fosse desse mundo...Afinal, viver a vida transformando sentimentos ruins em bons é simplesmente fugir do mundano. É negar a própria parte humana que nos faz olhar nos olhos do outro e ficar mudo. Não por falta de palavras, pois elas surgem, mas por ver nos olhos do outro aquilo que você mais repudia em si mesmo.
Amar o outro é ser capaz de amar a si mesmo. Quem não ama a si mesmo, jamais será capaz de amar o outro. E por isso, exercitar a visão para ver só o bem nos olhos de quem você olha, é o mesmo que aceitar a sua própria humanidade...É ter compaixão consigo mesmo e com o próximo. É entender as próprias limitações e por isso, aceitar que o outro, assim como você, é limitado.
Nem sempre que você amar será amado: o mais provável mesmo é que você sequer seja compreendido, pois compreender é uma dádiva dos “deuses”, e você, não é um “deus em miniatura” e tampouco o outro o é.
Agora, se em algum momento dessa sua passagem mundana, você amar e for amado, então, regogise-se! Alegre-se! Porque você alcançou o Infinito e já não há em ti nada que te faça permanecer como um simples ser humano.
Sim. Você vivenciou o que é amar e ser amado. Você vivenciou o olhar o outro com olhos “bons” e ser olhado de volta com os mesmos olhos... Já não há nada que te faça sentir preso em um “casulo”, pois o “casulo” se rompeu e você virou uma borboleta em meio a um jardim de rosas.
Você cultivou as rosas ao transformar seus sentimentos de forma a só ver o bem no outro...Você rompeu o casulo que te impede de voar em meio ao jardim que cultivou, com tanto empenho.
Transformar a si mesmo é a melhor coisa que você pode fazer na vida: quando você se transforma o mundo se transforma. E mesmo que você esteja numa Matrix e se sinta só, sem compreender se existe um Deus que te faça companhia, ou se tudo que há é a Matrix que você vive, a liberdade de voar como uma borboleta em meio as rosas que você cultivou jamais poderá te ser tirada.
As rosas são suas. A borboleta é você...e no jardim existe mais borboletas, atraídas pelo perfume das rosas que você cultivou ao transformar a si mesmo.
Pensem nisso. Uma ótima semana!

Shirlei Amaro Avena Weisz

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Os vizinhos vieram: alguns jogando pedras em "Lázaro", afirmando que eu, pobre mortal, usei a figura bíblica do morto ressuscitado pelo Nazareno, como metáfora que oculta o personagem verdadeiro a quem me refiro.
Bem, para não fugir do foco e entrar em imensas delongas sobre quem é "o anjo", volto à Física Quântica e pergunto: "o que é a realidade, senão aquilo que percebo ou entendo?!"
É bastante natural alguns vizinhos verem em "Lázaro" o próprio espelho. Não porque de fato, eles sejam o "Lázaro" da história - pois eu me referia unica e exclusivamente ao "Lázaro" bíblico e o relacionava comigo e não com outra pessoa - mas sim pela própria fragilidade do "ego" humano que insiste em negar que "não existe"!
Eu sei que é complicado perceber que você - essa pessoa incrível e cheia de qualidades - de fato, seja somente, uma miragem em uma "matrix" que pouco compreendemos.
Somos todos "NEO" e portanto, importantes para a salvação do Universo! Não podemos simplesmente inexistir! Isso é um absurdo perpetrado por físicos que ficam em frente a um imenso aparelho de fissão quântica, tentando criar o átomo primordial ou o "Big Bang" em laboratório, e enquanto não conseguem, escrevem teorias para lá de excêntricas!